A Cidade da Guarda
Hoje assinalamos o Dia Municipal da Guarda, cidade portuguesa situada no distrito de mesmo, na região da Beira Interior Norte (antiga Beira Alta).
A história desta pacata cidade remonta aos tempos pré-romanos, com vestígios arqueológicos comprovando a existência de diversos povoamentos lusitanos na região, pertencentes aos Igaeditani, aos Lancienses Oppidani e aos Transcudani.
Durante as conquistas romanas, esta região provou ser uma tarefa difícil para as legiões do Império, conseguindo manter a sua independência durante dois séculos. Após a queda de Viriato e da união dos povos lusitanos, também a Guarda caíria nas mãos de Roma, ainda que enquanto uma povoação secundária.
Com a queda do Império, a região foi ocupada pelos Visigodos. Mais tarde, com as invasões árabes, a Guarda seria povoada pelos povos do Norte de África, porém tornando-se uma localidade quase obsoleta.
Durante a Reconquista Cristã, a cidade foi novamente repovoada e tornada um centro administrativo e comercial.
A 27 de Novembro de 1199, é-lhe atribuída a Carta de Foral, constituindo oficialmente o Município da Guarda, que ainda hoje perdura, pelo selo do Rei D. Sancho I.
O rei D. Dinis e D. Isabel estiveram na cidade mês e meio após casarem. O rei sancionou os «Costumes da Guarda» e viria a preparar a guerra com Castela, resolvida com o tratado de Alcanizes.
A cidade tornou-se ainda um posto de defesa avançado da fronteira da Região da Beira, contra os Reinos da Meseta (mais tarde Leão).
Ao longo dos séculos, a Guarda foi conquistando uma crescente relevância no mapa político e social de Portugal, mantendo-se ainda hoje como um importante pólo do Interior.